Foto: Valter Campanato/Agência Brasil 5u2d65
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou há pouco a medida cautelar que proibia os réus do Núcleo 1 da trama golpista de manterem contato.
A medida foi tomada após o encerramento dos interrogatórios do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Walter Braga Netto e de mais seis réus no processo.
Eles estavam impedidos de se comunicar durante a fase de instrução do processo. Com o fim dos depoimentos, Moraes entendeu que a restrição não é mais necessária.
Na mesma decisão, o ministro concedeu prazo de cinco dias para as defesas dos réus apresentarem requerimentos complementares ou solicitarem novas diligências.
O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano.
Em dois dias seguidos de audiência, Alexandre de Moraes interrogou os oito réus acusados de participar do “núcleo crucial” de uma trama golpista. São eles:
• Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
• Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
• Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal e
• Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
• Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
• Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
• Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.