Durante a segunda edição da Caravana pela BR-364, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, revelou em entrevista ao programa Boa Conversa, Edição BR-364, nesta quinta-feira, 05, que uma das obras mais aguardadas pela população do município de Tarauacá precisará ar por correções severas. A ponte sobre o rio Tarauacá teve vigas comprometidas por erro técnico da construtora responsável, e parte da estrutura já começou a ser demolida.
“O que aconteceu lá é que a construtora errou no traço do concreto, fez um concreto abaixo do que era previsto. Pedia 40 MPa e botou só 25. O que eu fiz? Um, eu mandei demolir de imediato. Outros dois, ela está fazendo o recurso lá dentro do DNIT e a gente está aguardando”, explicou.
Araújo enfatizou que a medida foi tomada por respeito à população e ao compromisso com a qualidade da obra. “Só que, por mim, eu já tinha derrubado, mas como eu sou obrigado a cumprir as leis. Uma coisa que a gente não pode itir.A gente prega a melhor situação, a melhor coisa para a obra, que é a qualidade. Se tem qualidade, a gente vai durar para a vida toda. Então isso é uma obra que o Tarauacá espera há mais de 20 anos, e eu acho que tem que ter respeito a essa população”, salientou. .

Foto: Sérgio Vale
O superintendente informou ainda que uma das vigas já foi derrubada e outras duas precisarão ser refeitas. “Pelo respeito, nós condenamos a viga, tombamos já uma e elas estão para fazer a outra, a concretar a mesma que foi derrubada, mas tem que derrubar duas”, salientou.
Sobre os custos e o impacto financeiro, Ricardo Araújo afirmou que a população não terá prejuízos com a situação.“Não mudou nada, porque como foi um erro da empresa, ela assume o prejuízo total. Então tudo que vai demolir é por conta dela, e para reconstruir tudo é do custo dela. Agora nós estamos notificando a empresa. Como ela tem obra no Brasil inteiro, ela precisa cumprir. Porque, como PAR, ela é suspensa e é proibida de construir em qualquer lugar do Brasil”, comentou.
Na mesma entrevista, Ricardo Araújo também comentou sobre os custos envolvidos na reconstrução total da BR-364, especialmente com a adoção da técnica do macadame hidráulico.
“Brasília ou para a gente esse custo. Como essa é uma obra que vai ser licitada por lá, esse custo, só para você ter ideia, de Sena Madureira a Feijó, fica orçado em R$ 1 bilhão e 200. E o outro trecho, que é um pouco mais distante, por causa do transporte, que é a mesma coisa, 220 quilômetros, vai ficar em torno de R$ 1 bilhão e 800. Então a gente está falando de mais de R$ 3 bilhões”, pontuou.
Araújo reforçou que a BR-364 é uma obra social, acima de interesses partidários: “Essa é uma estrada social. Ela não tem corpo partidário, ela é uma estrada de todos. E, se ela é de todos, a responsabilidade é nossa. O mais importante aqui é o povo que a habita”, finalizou.