O deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) realizou uma visita oficial à Bolívia com o objetivo de fortalecer o apoio institucional a estudantes brasileiros que cursam Medicina no país vizinho. A principal pauta do encontro foi a possibilidade de firmar convênios que permitam a realização do internato, etapa prática e obrigatória na formação médica, em unidades de saúde no Brasil. 123u5c
Durante a agenda, Hassem foi recebido por representantes de duas importantes instituições de ensino da região de Cobija: o vice-reitor da Universidade Amazônica de Pando (UAP), Oscar Melgar, e o reitor regional da Universidade Privada Domingo Sávio (UPDS), Michel Bravo. Em publicação nas redes sociais destacou a disposição das universidades em colaborar com a proposta. “Temos a convicção de que vamos conseguir aprovar os convênios necessários”, afirmou.
O parlamentar também chamou atenção para um ime que vem dificultando ainda mais a situação dos estudantes: a Recomendação nº 001/2025 do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), que orienta que acadêmicos de Medicina formados no exterior não devem atuar em unidades de saúde no Brasil durante o internato. Sem essa etapa prática, que é obrigatória para a conclusão do curso, os estudantes ficam impedidos de avançar no processo de revalidação do diploma e, consequentemente, de exercer a profissão no país.
Segundo Hassem, a recomendação vai na contramão do que ele defende. O deputado acredita que, com uma legislação adequada, o Governo do Acre poderia aproveitar essa mão de obra em formação, permitindo que esses estudantes realizem o internato supervisionado em hospitais do estado.
A proposta de Tadeu Hassem inclui articulações com instituições bolivianas e brasileiras, além de uma mobilização no legislativo para a criação de uma frente parlamentar em defesa dos estudantes brasileiros de Medicina no exterior. O grupo teria como missão propor leis e acordos que facilitem a integração prática desses alunos ao sistema de saúde do Brasil.
“Nosso compromisso é dialogar e buscar soluções”, reiterou o deputado, ressaltando que muitos brasileiros veem na Bolívia uma alternativa ível para realizar o sonho de cursar Medicina, mas acabam enfrentando barreiras legais para concluir a formação.