Foto: David Medeiros/ac24horas 2s5n4m
Em meio à correria do trânsito urbano e à expansão da malha viária de Rio Branco, um meio de transporte tradicional segue firme: a catraia. A pequena embarcação, usada há décadas para ligar o primeiro ao segundo distrito da capital acreana, ainda é parte da rotina de muitos moradores, especialmente entre os bairros Aeroporto Velho e 15.
O repórter do ac24horas Play, David Medeiros, acompanhou nesta quarta‑feira, 14, uma das travessias que começa no final de um beco que conecta os dois bairros. O o é sinalizado por escadas íngremes que descem até a margem do rio Acre, onde a catraia aguarda os ageiros.
Délcio, morador da região, é um dos usuários mais assíduos. “Todo dia eu faço essa travessia, faz mais de dez anos. Pela catraia é 100%: em cinco ou dez minutos chego lá. Pelo centro, gasto quase uma hora com o trânsito maluco. E ainda vou curtindo a paisagem, natureza é coisa de Deus”, conta ele.
Foto: David Medeiros/ac24horas
Quem pilota a embarcação é Maria Rosa de Oliveira Morais, que há 23 anos faz esse percurso. Tímida, ela prefere não dar entrevistas, mas mantém o serviço ativo. A agem custa apenas R$ 2,00.
Apesar do movimento estar “mais ou menos”, segundo Dona Rosa, a catraia mantém viva a tradição dos povos ribeirinhos que, historicamente, usaram o rio como principal via de o. Ao desembarcar no bairro 15, os ageiros ainda enfrentam outra escadaria para subir até o topo da margem.