Foto: Assessoria/divulgação 3si26
Mães atípicas procuraram a 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Acre, na manhã da última segunda-feira (7), para registrar, por meio de Termo de Declarações, uma série de supostas irregularidades enfrentadas por seus filhos autistas durante o tratamento no Instituto Unimed Terapias, que pertence ao grupo Unimed.
As mães relataram interrupções recorrentes nas sessões terapêuticas, que chegam a durar até 30 dias, causadas por férias, cursos, licenças, dentre outras situações, sem a devida reposição adequada por parte da operadora de saúde. Segundo elas, isso tem causado sérios prejuízos no desenvolvimento das crianças.
Também foi denunciada a atualização anual do Plano de Ensino Individualizado (PEI) anualmente, além de práticas consideradas arbitrárias, como a junção de crianças em sessões grupais, desrespeitando a necessidade de atendimento individualizado. Outro ponto alarmante é a exigência de que os responsáveis assinem duas guias de sessões de terapia mesmo quando apenas uma é realizada, sendo que, ao questionarem essa prática, mães relatam terem sido coagidas a ponto do Instituto ameaçar o atendimento do beneficiário mesmo o plano de saúde estando adimplente.
Patrícia Martins, mãe de atípico, disse ao ac24horas que a ida do grupo ao Ministério Público é uma tentativa de sanar os problemas, uma vez que, segundo ela, a Unimed se nega a receber o coletivo. “Ressalte-se que as mães só procuraram a Promotoria do Consumidor que recebeu as mães coletivamente em razão da gestão do Instituto Unimed Terapias, não tiveram a sensibilidade e a boa vontade de receberem coletivamente as mães dos autistas para tratar dos referidos assuntos”, destacou.
A situação foi formalmente encaminhada à Promotoria, que confirmou a existência da Ação Civil Pública de nº 0721736-89.2024.8.01.0001 contra a UNIMED. Contudo, as mães foram informadas que o caso não foi considerado urgente, o que causou profunda indignação diante da gravidade dos prejuízos relatados e da vulnerabilidade das crianças envolvidas.
A reportagem procurou a direção da Unimed, que por meio de assessoria, enviou a seguinte nota:
A Unimed Rio Branco esclarece que seus canais de atendimento, presenciais ou por outros meios, sempre estiveram disponíveis para acolher individualmente os beneficiários, considerando que cada paciente possui necessidades específicas. Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a operadora não comentará sobre eventuais casos que envolvam crianças ou outros pacientes. Os canais de atendimento disponíveis são: 0800 772 0045, WhatsApp (68) 2106-4510 ou presencialmente na Sede istrativa, localizada na Rua José de Melo, 418 – Bairro Bosque.