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O Dia Mundial da Água e a capacidade de fazer contas 4l342n

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Editorial ac24horas

No ritmo em que está, a Prefeitura de Rio Branco entregará ao próximo prefeito(a) o sistema de abastecimento de água em condições piores do que recebeu. Ou (o que é pior) deixará o povo e o cenário político clamando para que tudo seja desgraçadamente oferecido à iniciativa privada.


Nos últimos 10 dias, a população da Capital se viu diante de um paradoxo: água por cima, água por todos os lados, menos nas torneiras. Foram 41 bairros atingidos pela falta de respeito e de urbanismo que levassem em conta os caminhos do Rio Acre. E todos os demais bairros atingidos pela inoperância da istração.


A Organização Trata Brasil, uma referência na avaliação da política de Saneamento Básico no país, já mostrou que, entre os 100 maiores municípios, apenas 14 possuem níveis de perdas na distribuição menores que 25%. Até esse limite, a perda é considerada como “adequada”. Rio Branco está em outro grupo. Com 56,59% de perda, a Capital está entre os 20 municípios do país com perdas superiores a 50%.


Arredondando os números, é como se de 1000 litros de água tratada que o Saerb disponibilizasse para as casas, quase 600 fossem derramados no meio da rua, enchendo os buracos ou enlameando o futebol dos meninos e meninas.


E não é por falta de trabalho que as coisas não melhoram. O atual presidente da autarquia, Enoque Pereira, é um homem dedicado. Pelo semblante, é preciso até tomar cuidado com a própria saúde porque o trabalho de urgências por cima de urgências o levará ao desespero em breve. Sozinho, é humanamente impossível dar conta do serviço. E quando se fala no presidente da autarquia, é bom que se entenda que está se falando dele e de todos os servidores do Saerb: há trabalhadores que entram pela madrugada apertando parafusos, mergulhados em águas e lamas.


Não se pode perder oportunidades para construir um trabalho estruturante no Saerb. É necessário dividir as responsabilidades com sindicatos e com os servidores da autarquia. Em Política, a construção política de uma decisão, quanto mais compartilhada, quanto mais capilarizada, mais legitimidade carrega.


As tabuadas da soma e da multiplicação exigem o pronome “nós”. Com o tempo de aula, percebe-se que essas são as duas contas possíveis. A subtração e a divisão são apenas derivações. Alguém não está sabendo fazer as contas direito.


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