Ademar Galvão 553i2h

Por
Francisco Braga

Eu queria muito estar diante de meu amigo, de fazeora, Ademar Galvão. Ademar faz parte da maior estirpe dos melhores músicos desta terra chamada Brasil. 2w3o4a


Um cantor da noite e do dia, destes que se arvoram a cantar, e cantar muito bem, as mais belas joias da MPB (para os jovens, que gastam seu milionário tempo jogando seus famigerados videogueimes, MPB significa Música Popular Brasileira. Poesia.).


Expert em Chico Buarque, só pra começar, Ademar é bom demais no que faz. Amigos, carinho, apreço e saudade ele faz muito bem. Eu gosto e iro muito o Ademar Galvão.


Ele canta e age como uma estrela, que, na verdade, é o que ele é. O cara tem estilo, tem qualidade. Ele pode!


Sempre de óculos escuros, inclusive à noite, enquanto entoa as mais belas canções, o velho Galvão reina na noite de Rio Branco-Acre atraindo, a cada noite dessas, por décadas, centenas de fãs.


Também tem um temperamento desses que a maioria dos grandes astros tem. Não a que alguém, que não entende do riscado, sendo completamente desprovido de talento para cantar (assim como este que vos escreve) o acompanhe em qualquer música.


Certa vez, por conhecer muitas letras de Chico Buarque, me arvorei a acompanhá-lo, ao que me disse, ao pé do ouvido: “Braguinha, não cante não. Você é desafinado até à alma!”.


Outra coisa é pegar em seu violão e tocar um pagode, um “sertanojo” ou qualquer coisa do tipo. Isso o deixa muito nervoso, mas o que lhe irritou mesmo, uma outra vez, aconteceu no antigo restaurante O Casarão.


Sujeito bêbado, chato insistia em dar uma “canja”. O irritado Ademar parou de cantar e começou a seguinte fala, que marcou para sempre a sua mais fascinante faceta:


– És músico? Tocas algum instrumento?


O cliente, desconcertado respondeu:


– Err… Nã… Sou músico não. Só arranho uma viola.


E Ademar sentenciou:


– Pois vá arranhar violão dos outros, lá na ponte que partiu. O meu mesmo não!


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A fotografia desta publicação foi feita pelo pintor Danilo de S’Acre na pousada Chapurys, do João Garrinha, em Xapuri-Acre, no dia em que comemorávamos o cinquentenário de nosso saudoso escritor José Claudio Mota Porfiro. Observe que foi feita uma gambiarra, com uma vassoura, uma cadeira e muito talento do professor Márcio Chox para arremedar um pedestal de microfone, ninguém imaginava um show ao vivo de Ademar Galvão, pois foi nosso presente surpresa para o nobre imortal Cláudio Porfiro.


A outra imagem trata-se de um desenho que fiz para a capa do CD de Ademar.


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Francisco Braga

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