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A juíza Zenair Ferreira Bueno, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Rio Branco, determinou que todas as famílias acampadas há três meses no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre fossem retiradas imediatamente do local. A ação foi impetrada pelo Estado do Acre, em face da Assembleia Legislativa, e acatada pela magistrada.
A Policia Militar chegou ao prédio da Assembléia no final da tarde desta segunda-feira, 22, para auxiliar os oficiais de Justiça na retirada das famílias. Caminhões foram disponibilizados pelo governo do Acre para que a mudança dos invasores fosse feita imediatamente.
O dilema maior no momento da retirada é que as famílias não tinham para onde ir. Algumas mães, emocionadas, falaram em ir para debaixo da ponte, porém convencidas por um advogado elas resolveram levar suas geladeiras, fogões, colchões, roupas e uma barraca para a praça em frente ao Palácio Rio Branco, no relento.
Houve choro e desespero no momento em que a oficial de Justiça anunciou a ordem de retirada. Rafisa do Nascimento, mãe de duas crianças, chorou desesperadamente em cima de um caminhão de mudança. No local, chegou a ordem do Estado para que as famílias fossem levadas para o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, mas elas recusaram. Uma das invasoras, grávida de dois meses, chegou a ar mal e foi ampara por voluntários.
O advogado Bernardo Cardoso, que defende as famílias de forma voluntária, protestou porque o governo, além de mover ação por meio da PGE, não se sensibilizou com as famílias.
Diante da comoção no local, policiais acabaram tendo que consolar as mães. As próprias famílias com a ajuda de servidores da Aleac e voluntários que se juntaram no local se encarregaram de retirar os móveis e as roupas do hall da Casa do Povo.
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