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O Porquê de Temer 4d4c3r

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João correia 1466v


Quando o Pmdb desembarcou do Governo Federal, de início, fiquei exultante, afinal de contas, lutara sempre por isto o que se me afigurou como um prêmio, como se recebesse uma restituição há muito negada. Logo cedinho, no convívio, havia descoberto a propensão irresistível ao farisaísmo do PT e a expunha em todos os quadrantes, onde e quando podia; paguei e pago muito caro pela ousadia. Era um sacrilégio apontar os pés de barro do ídolo monoteísta, o único, a expressão total da divindade. O que hoje é a Geni da realidade já foi a vestal perfeita da ética e da moralidade, por longos anos, ou, melhor, assim se considerava.


Mesmo animado, não desconhecia espinhos na flor. Mesmo colaborando muito para a eleição, o Pmdb poderia beneficiar-se do mar de fraudes, corrupção e estelionato que embalaram a campanha e a eleição de Dilma Roussef. O desembarque e o crescimento da oposição interna ao petismo poderia também ser lido como oportunismo em substituir uma governante que já fora ” aliada”. Os anjinhos habitantes naturais do meu cérebro travaram uma batalha colossal. Enquanto seguia suas argumentações tirei o sorriso dos lábios.


Acabaram por mostrar- me o desenho sombrio de nossa crise, com as tintas mais fortes sobre a economia. A maior recessão que já vivemos poderá tornar- se depressão. A queda espetacular do PIB ” per capita” ( maior que a queda do PIB absoluto); a dizimação contínua de milhões de empregos (quase trezentos por hora), já na casa dos dez milhões; o encolhimento predatório dos empregos industriais( os mais qualificados); o fechamento, em 2015, de mais de 100 mil lojas ( e outro tanto ou mais previstos neste ano); o crescimento vertiginoso da Dívida Pública; uma inflação contida pelo arrocho salarial e pelo desemprego ( redução da massa salarial) etc etc etc revelam a completa incapacidade de Dilma e do seu grupo em removerem o quadro. E, o pior, os principais ônus da crise econômica recaindo nos ombros frágeis dos cidadãos mais simples e indefesos que respondem com o desencanto, a desesperança e o desespero.


Dilma é o problema, Dilma é a crise. Não é ruim o argumento de se aguardar a cassação da chapa ( Dilma e Temer) pelo TSE. O problema é o tempo exagerado demandado pela justiça, praticamente imprevisível. Seguir este caminho pode jogar a criança que se banha junto com a água da bacia, o que significa aprofundar a recessão e amplificar o sofrimento dos brasileiros.


Pois é: aceitei o desfecho das argumentações. A solução constitucional do impeachment pode ser a mais próxima para uma situação tão desfavorável que sequer devia ter acontecido.


Michel Temer possui um projeto de reformas: Uma Ponte Para o Futuro, que implicará na gradual modernização da economia e do Estado brasileiros; ele é um homem de bem, até onde o conheci, um democrata( jamais interveio no Pmdb do Acre, mesmo quando o partido local perfilou-se na oposição reiterada a ele mesmo); sem deixar de ser firme e resoluto, fará um governo transparente, de união nacional, de recuperação da credibilidade do Brasil, de uma política externa sensata, de respeito ao Estado Democrático de Direito. Com dois ou três atos importantes os respeitos interno e externo serão restaurados. Mas nossa pátria amada levará mais de uma década para recuperar- se das insanidades praticadas pelo grupo atual no poder. O trabalho de Michel Temer comparar-se-á ao de Hércules, quando foi limpar os estábulos do rei Álgias.


Se o impeachment não ar nos plenários da Câmara e do Senado, o Brasil sangrará em hemorragia incontida por torniquetes e todas as esperanças voltar-se-ão para o Superior Tribunal Eleitoral. Os custos sociais serão infinitamente grandes. Tenho a sensação de que alguns deputados podem prestar atenção nisso.


*João Correia, 61 anos, economista; Professor da Ufac desde 1978. Pós graduado no NAEA e UFRRJ; coordenador da CEPA, no Governo Joaquim Macedo ( 1979- 82 ), ; Pró-Reitor de Extensão, istração Sansão Ribeiro ( 1988- 91 ), ; Deputado Estadual ( 19991- 2002 ); Deputado Federal ( 2003- 2006 ); Professor da Ufac ( 2007 aos dia de hoje )


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