O dragão de Mao Tse Tung se alojado silenciosamente nos últimos anos nas casas do Brasil 1x14l

Por
Roberto Vaz

Por Francisco Rodrigues Pedrosa – f-r-p@bol.com.br 563057


Feliz da vida com o frio que visita nosso estado nessa época do ano, ao acordar, verifiquei que a colcha que minha mãe me presenteou tinha uma pequena etiqueta que demonstrava sua procedência: MADE IN CHINA.


Bom, até aí tudo bem, levantei, e me dei conta que atrás do chuveiro também havia em letras miúdas a frase: MADE IN CHINA. Enxuguei-me com uma toalha de lá também. Indignado, conferi a procedência do vazo sanitário, da torneira e da lâmpada do banheiro. Qual surpresa: tudo MADE IN CHINA!


Bom, a vasilha, a colher e o fogão também traziam o rastro do gigante asiático. A televisão, a antena, o moldem, o DVD, o telefone o carregador do celular que sempre fica jogado no sofá, o celular, meu Deus, era tudo CHINA, CHINA, CHINA, CHINA, CHINA, CHINA E CHINA.


Nesse momento a neurose bateu! Vasculhei a casa inteira e percebi o quanto de CHINA havia. O dragão de Mao Tse Tung tinha se alojado silenciosamente nesses últimos anos aqui e nas casas do Brasil. Atordoado, olhei a hora e, ao virar o pulso li amargamente: MADE IN CHINA. Gritei bem alto: NÃO. Mas logo me calei, achei uma certa coincidência o meu desesperado “não” com o primeiro nome do herói deles “Mao”. Não disse mais nada.


Vesti minha roupa com metade vinda da CHINA, o meu tênis Nike, pra variar da CHINA, as meias, nem se fala, CHINA na cabeça, e liguei meu Chery pra ir trabalhar. Ah! Carro da CHINA também. Sabe como é né, aproveitei os preços e comprei um.


Dentro dele, ouvindo as notícias do dia anterior, fiquei sabendo mais uma vez dos rolos, dos desvios de recursos públicos, dos escândalos financeiros que sujam o país e de tudo que anda envergonhando nossa política.


Por incrível que pareça, suspirei aliviado. Acho que isso não veio da China, essas tristes coisas não precisaram do aprendizado do gigante asiático. Para as mazelas que afundam a nação, temos nossas próprias fábricas. Infelizmente! Sabemos brincar com o fogo, mas não sabemos como matar os nossos dragões.


 


 


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